Capacitiva ou resistiva: qual o melhor tipo de tela touchscreen

Resistiva
A superfície frontal é feita de plástico resistente a riscos,
flexível, com uma película fina de material condutor (geralmente Indium
Tin Oxide ou ITO) impressa no seu lado inferior. Na parte inferior, uma
segunda camada - geralmente feita de vidro, mas, por vezes, de plástico
rígido - também com um revestimento de ITO.
As duas camadas são
mantidas separadamente por minúsculas saliências ou espaçadores
colocadas em intervalos regulares, e as camadas finas de ITO criam uma
resistência apreciável elétrica – o sanduíche é construído de tal forma
que a carga eléctrica é executada de cima para baixo sobre uma camada,
mas de lado-a-lado sobre a outra camada.
Quando a tela é
tocada, o plástico deforma até que os dois filmes de ITO se encontram, e
medindo-se a resistência de ambas as camadas no seu ponto de contato é
possível obter uma medida precisa da posição de toque. Isso, é claro,
depende de uma camada uniforme de ITO sobre as camadas.
A
maioria dos telefones mais antigos utilizam telas resistivas, mas isso
não quer dizer que é uma tecnologia ultrapassada. Telefones ainda estão
sendo desenvolvidos com esse tipo de tela.
Existem dois tipos
de touchscreen capacitivo disponíveis: de superfície e projetada. O
último modelo é o que se encontra nos smartphones. Consistem de novo em
um sanduíche, mas dessa vez em duas camadas espaçadas de vidro,
revestida com ITO novamente do lado de dentro.

Capacitiva
Dependendo da tela em particular, a camada de ITO pode ser uma camada
uniforme, uma grelha, ou listras paralelas que correm
perpendicularmente sobre as duas folhas. O último esquema é usado no
iPhone e no iPad.
Voltando às aulas de física, provavelmente
você lembra – ou não – que um capacitor consiste de duas placas
separadas por um material isolante, que pode, naturalmente, ser o ar.
Agora imagine essas listras perpendiculares sobre duas placas de vidro –
no qual uma delas atravessa abaixo e forma um capacitor tão pequeno que
é medido em femtofarads (10-15F).
Esse tamanho pequeno é uma
notícia boa e rum: ruim, porque essa capacitância pequena é difícil de
medir e requer complexa filtragem para eliminar o ruído; boa, porque
sendo uma capacitância pequena, não se refere apenas a distância entre
as "placas" que afeta a capacidade, mas também ao espaço à sua volta.
Assim que o dedo se aproxima de um capacitor muda o campo local
eletrostático, e o sistema monitora constantemente cada pequeno
capacitor para descobrir exatamente onde o dedo tocou a tela: porque os
pontos de medição são discretos, é possível dizer se vários dedos estão
tocando a tela de uma vez, ao contrário de uma unidade resistiva.
Então, qual a diferença afinal?
Em primeiro lugar, telas resistivas tendem a ter a necessidade do uso
de canetas especiais, enquanto as capacitivas favorecem o manejar com
os dedos. Isso é uma generalização, porque alguns fabricantes têm feito
recentemente telas resistivas, que são mais adequadas aos dedos.
Para interfaces de usuário baseadas no uso dos dedos, telas capacitivas
ainda são muito melhores, embora, ao mesmo tempo, se você precisa da
precisão de um pixel de uma caneta, a resistiva é a escolha sensata.
Mas a grande vantagem da tecnologia capacitiva ainda está na
possibilidade de utilizar o smartphone ou tablet de forma multitoque, ou
seja, dois ou mais dedos ao mesmo tempo. A demonstração clássica é no
aplicativo Google Maps: para dar um zoom em uma área, basta,
simplesmente, fazer um gesto de beliscar a tela.
Uma área em
que telas resistivas vencem é no preço, uma vez que as telas capacitivas
geralmente custam cerca de mais da metade. Isso não é muito
significativo em um smartphone top de linha, mas se torna um problema
para os dispositivos de entrada das empresas.